HISTÓRIA
Tema/Título da Atividade | Configurações do mundo no século XIX |
Os Estados Unidos no século XIX
HISTÓRIA DA AMÉRICA
Durante o século XIX, importantes eventos históricos aconteceram nos Estados Unidos, como a expansão territorial do país e a Guerra Civil Americana.
Co Eventos extremamente importantes aconteceram ao longo desse século e marcaram a história desse país, sobretudo a marcha para o oeste e a Guerra de Secessão.
Expansão territorial: a marcha para o oeste
Após terem sua independência reconhecida pela Inglaterra no Tratado de Paris, em 1783, os Estados Unidos garantiram o controle sobre uma extensa faixa de terra, que se estendia da região dos Montes Apalaches ao Rio Mississípi. Iniciava-se, assim, a expansão territorial dos Estados Unidos em direção à costa do Pacífico.
Esse processo de ampliação do território americano recebeu o nome de “marcha para o oeste” e ocorreu de duas maneiras: pela diplomacia ou compra e pela guerra. A diplomacia e a compra possibilitaram a adquisição da Luisiana (1803), da Flórida (1819) e do Alasca (1867). A partir da guerra, os Estados Unidos conseguiram tomar territórios do México.
A Luisiana pertencia aos franceses, mas a perda do Haiti e as dificuldades financeiras enfrentadas pela França, no início do século XIX, fizeram esse país vender a região para os Estados Unidos por 15 milhões de dólares. A Flórida foi vendida por 5 milhões de dólares pelos espanhóis em razão das dificuldades que esse país enfrentava na Europa, relacionadas com o período napoleônico. Por fim, os russos venderam o Alasca por 7,2 milhões de dólares por causa do temor de que a região fosse invadida pelos britânicos.
No entanto, não foi somente a partir da diplomacia que o território americano cresceu, pois, conforme mencionamos, a guerra também contribuiu para esse processo expansionista. Durante a marcha para o oeste, os americanos travaram conflitos contra os mexicanos por territórios que hoje correspondem a uma porção de estados americanos (Califórnia, Arizona, Novo México etc.).
A rivalidade entre as duas nações iniciou-se com a Revolução do Texas, em que colonos americanos, insatisfeitos com a administração mexicana do Texas, rebelaram-se e declararam a independência dessa região em 1836. O interesse dos Estados Unidos por novos territórios mexicanos (que equivalem, principalmente, à Califórnia) e a anexação do Texas levaram as duas nações à guerra.
Conhecida como Guerra Mexicano-Americana, e ocorrida entre 1846 e 1848, essa guerra foi finalizada com a assinatura do Tratado Guadalupe-Hidalgo, que ratificava a vitória americana. Com essa vitória, os americanos assumiram a posse de um vasto território e estabeleceram as fronteiras entre os dois países no Rio Grande. O México foi indenizado em 15 milhões de dólares pelos territórios perdidos e teve uma dívida de 3,2 milhões de dólares perdoada.
A ocupação de todos esses territórios por cidadãos americanos e estrangeiros, que imigraram para os Estados Unidos nessa época, foi incentivada a partir da década de 1860, quando Abraham Lincoln assinou a Lei do Povoamento (Homestead Act). Essa lei vendia lotes de terra por preços irrisórios, desde de que o comprador assumisse o compromisso de morar e plantar em sua propriedade durante cinco anos.
Durante esse processo de expansão territorial dos Estados Unidos, os grandes perdedores foram os indígenas que, repetidas vezes, foram obrigados pelos americanos a saírem de suas terras. A marcha para o oeste acabou provocando a morte de milhões desses povos por causa da violência com que foram tratados e da destruição de seu modo de vida.
A violência contra os indígenas, nesse período, acabou rendendo episódios como o decreto da Lei de Remoção de Índios, de 1830, que obrigou várias nações indígenas a mudarem-se da região da Geórgia, e proximidades, para o oeste do Rio Mississípi. Isso levou à chamada Trilha das Lágrimas, evento que causou a morte de milhares de pessoas, de diferentes nações indígenas, durante a marcha forçada para a nova reserva estabelecida pelo governo.
Esse processo de expansão para o oeste e o ataque contra mexicanos e indígenas foram justificados por uma ideologia conhecida como Destino Manifesto. Surgidos oficialmente em 1845, esses ideais afirmavam que os Estados Unidos eram uma nação predestinada por Deus para ocupar aqueles territórios e levar a “civilização” para esses locais. Esse pensamento foi utilizado também para justificar todas as violências cometidas durante todo esse processo de expansão territorial.
Guerra de Secessão
Um dos principais eventos que marcaram a história dos Estados Unidos, ao longo do século XIX, foi a Guerra de Secessão, também conhecida como Guerra Civil Americana. Esse conflito foi iniciado em 1861, com a secessão (separação) dos estados sulistas, e encerrou-se em 1865, com a derrota dos sulistas e sua reintegração à União. Essa guerra ocasionou a morte de 600 mil pessoas.
Esse conflito foi resultado da rivalidade existente entre os estados nortistas e sulistas em relação à expansão do trabalho escravo para os territórios recém-conquistados pelos Estados Unidos. Os estados sulistas queriam a expandir a escravidão para os novos territórios, enquanto os nortistas eram contrários a essa proposta.
Esse debate dividiu politicamente a nação e levou a pequenos conflitos entre colonos nortistas e sulistas em alguns locais como o Kansas. Essa disputa alcançou o debate presidencial, e a vitória de Abraham Lincoln acabou provocando a insatisfação dos sulistas, que se separaram da nação e fundaram os Estados Confederados da América.
A separação dos sulistas foi o estopim da guerra, o que fez as tropas da União lutarem para reintegrar os estados rebeldes ao território americano. Ao fim da guerra, os sulistas, derrotados, além de serem reintegrados à União, foram obrigados a aceitar a abolição da escravidão em todo território dos Estados Unidos a partir da 13ª Emenda Constitucional.
Daniel Neves
Graduado em História
ARTE
Escultura
A escultura é um ramo das artes visuais que envolve a criação de objetos artísticos em três dimensões: comprimento, largura e altura. A principal característica de um projeto de escultura é a maneira como suas formas se estendem através do espaço. Tamanho, textura, luz e sombra, além da cor, são também importantes elementos. Uma escultura pode representar fielmente uma pessoa ou um objeto, ou pode refletir formas e padrões inventados
A escultura pode ser em três dimensões ou em relevo. Uma escultura em três dimensões mantém-se de pé por si só. Ela pode ser vista de todos os lados. Já uma escultura em relevo (também chamada simplesmente de relevo) é ligada ao fundo atrás dela, de modo que não pode ser vista por trás. Os relevos são bastante usados para decorar paredes de edifícios.
Materiais
A argila é um dos principais materiais empregados pelos escultores desde épocas antigas. Ela é fácil de obter e de usar. Assim que os povos antigos aprenderam a fabricar o bronze, os metais tornaram-se também bastante usados nas esculturas. A maioria dos metais é muito resistente e dura bastante. Os escultores valorizam sua cor e seu brilho. A madeira foi por muito tempo um material muito usado para esculpir. É um dos principais materiais usados pelos escultores da África e da Oceania. Por muito tempo os escultores usaram pedra para fazer estátuas e monumentos ao ar livre porque ela resiste à chuva e ao vento. Entre os tipos de material mais usados na escultura estão o mármore, o alabastro, o granito, o arenito, o calcário e as pedras semipreciosas.
Os escultores modernos usam esses materiais tradicionais, mas também trabalham com outros, como plásticos, tecidos, fibra de vidro, tubos de neon e até lixo. Atualmente, o concreto é muito usado para grandes projetos ao ar livre, por ser um material barato, resistente e durável.
Processos
As maneiras mais comuns de fazer uma escultura são o entalhe, a modelagem, a fundição e a construção. O entalhe é o processo de cortar e aparar blocos de pedra, madeira ou marfim para dar a eles a forma desejada. Na modelagem, o artista usa as mãos para dar forma a um material macio como a argila; as peças costumam ser colocadas no forno para endurecer.
O entalhe é um dos processos usados pelos escultores para criar suas obras.
A fundição é usada para reproduzir uma escultura com a ajuda de um molde. Para obter o molde, o artista escolhe o objeto que servirá de modelo e o envolve com gesso. Quando o gesso endurece, ele é dividido ao meio e separado do modelo. As partes do molde são então unidas, com um espaço oco no lugar em que o modelo estava. Em seguida, o material desejado é derramado por um furo para dentro do molde, no oco onde ficava o modelo. Depois que o material seca e o molde é retirado, tem-se uma cópia perfeita do modelo original. A fundição com cera é comumente usada para fazer esculturas de metal. Esse processo permite criar muitas cópias de uma estátua.
Muitos escultores modernos usam diversos outros materiais para criar suas obras. Para unir diferentes peças, eles costumam soldá-las, parafusá-las, pregá-las ou colá-las umas às outras.
Desde a época pré-histórica são feitas esculturas em todo o mundo. As primeiras foram produzidas com materiais que ocorrem na natureza, como argila, pedra e marfim. A partir de aproximadamente 3000 a.C., as pessoas também começaram a fazer esculturas de bronze e de outros metais.
Nas primeiras civilizações, a escultura era associada em grande parte à religião. No Oriente Médio, na região da Mesopotâmia, quase todas as esculturas eram feitas para os templos. As pessoas do antigo Egito criaram enormes esculturas de seus reis e de seus deuses, para enfatizar o poder deles. Também fizeram muitas estátuas e muitos relevos para colocar nos túmulos.
Na Grécia antiga, a escultura alcançou seu apogeu no século 5 a.C. Os gregos desse período pretendiam mostrar homens e deuses em suas formas mais perfeitas. A maioria de suas estátuas tem expressão e postura calmas. Os antigos romanos fizeram depois muitas cópias das esculturas gregas. Dessa forma, preservaram a tradição grega para as futuras gerações.
A partir do século 03 d.C., uma nova religião, o cristianismo, começou a inspirar os artistas a criar obras que refletissem figuras e acontecimentos cristãos. Durante a Idade Média (entre os anos 500 e 1500, aproximadamente), muitas esculturas europeias estavam intimamente relacionadas com a arquitetura das igrejas.
Na Índia, a escultura também estava centrada na religião. O Período Gupta, que durou do século 4 ao 6 aproximadamente, produziu alguns dos melhores exemplares da escultura budista.
Renascença, barroco e neoclassicismo
O período denominado Renascença, ou Renascimento (da metade do século 14 ao século 16), foi uma época de importante progresso artístico na Europa. Os artistas renascentistas inspiravam-se nos estilos clássicos da Grécia e da Roma antigas. A Renascença começou na Itália. Os artistas italianos Donatello e Michelangelo estão entre os melhores escultores desse período.
No século 17, o barroco tornou-se um estilo importante da arte ocidental. A escultura barroca é dramática e altamente decorativa, apelando para os sentidos e para as emoções. O principal escultor barroco foi o artista italiano Gian Lorenzo Bernini.
O estilo neoclássico era popular na Europa no século 18. Assim como na Renascença, os escultores desse período procuravam reviver os ideais de beleza da Grécia e da Roma antigas. Um importante escultor desse estilo na Itália foi Antonio Canova.
Escultura moderna
No fim do século 19, o escultor francês Auguste Rodin desafiou séculos de tradição. Ele mostrou a figura humana expressando tensão e emoções passageiras. Algumas vezes também usava superfícies com textura, o que aumentava a sensação de vida e de movimento. Dessa maneira, a escultura de Rodin difere da tradição clássica, cujas obras eram mais lisas, frias e impessoais. Com seu forte senso de poder e de drama, os trabalhos de Rodin influenciaram muito os escultores de sua época, bem como os que vieram depois.
Nos séculos 20 e 21, os escultores vêm experimentando novos materiais e novas formas. Artistas como Constantin Brancusi, Henry Moore, Barbara Hepworth e Raymond Duchamp-Villon criaram obras de escultura abstrata — que não tentava representar realisticamente nada do mundo visível. Em vez disso, esses escultores estavam mais interessados nas formas em si. Alguns usavam objetos encontrados no mundo cotidiano para que os objetos fossem vistos sob uma luz diferente. Por exemplo, a escultura de Marcel Duchamp Roda de bicicleta é uma velha roda de bicicleta montada de cabeça para baixo sobre um banquinho de cozinha. O objetivo de Duchamp não era agradar aos olhos, mas fazer o observador pensar sobre o que é a arte e o que ela pode ser.
Assista o vídeo abaixo