ARTE
História da Fotografia
A palavra Fotografia vem do grego [fós] (“luz”), e [grafis] (“estilo”, “pincel”) ou grafê, e significa “desenhar com luz e contraste”.
Por definição, fotografia é, essencialmente, a técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando esta em uma superfície sensível. A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce. Contudo, a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando juntas ou em paralelo ao longo de muitos anos. Se por um lado os princípios fundamentais da fotografia se estabeleceram há décadas e, desde a introdução do filme fotográfico colorido, quase não sofreram mudanças, por outro, os avanços tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na qualidade das imagens produzidas, agilização das etapas do processo de produção e a redução de custos, popularizando o uso da fotografia.
Atualmente, a introdução da tecnologia digital tem modificado drasticamente os paradigmas que norteiam o mundo da fotografia. Os equipamentos, ao mesmo tempo que são oferecidos a preços cada vez menores, disponibilizam ao usuário médio recursos cada vez mais sofisticados, assim como maior qualidade de imagem e facilidade de uso. A simplificação dos processos de captação, armazenagem, impressão e reprodução de imagens proporcionados intrinsecamente pelo ambiente digital, aliada à facilidade de integração com os recursos da informática, como organização em álbuns, incorporação de imagens em documentos e distribuição via Internet, têm ampliado e democratizado o uso da imagem fotográfica nas mais diversas aplicações. A incorporação da câmera fotográfica aos aparelhos de telefonia móvel têm definitivamente levado a fotografia ao cotidiano particular do indivíduo.
História
A fotografia não é a obra final de um único criador. Ao longo da história, diversas pessoas foram agregando conceitos e processos que deram origem à fotografia como a conhecemos. O mais antigo destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci que a usava, como outros artistas no século XVI para esboçar pinturas.
A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1826 pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível chamado Betume da Judéia. A imagem foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar. Nièpce chamou o processo de “heliografia”, gravura com a luz do Sol. Paralelamente, outro francês, Daguerre, produzia com uma câmera escura efeitos visuais em um espetáculo denominado “Diorama”. Daguerre e Niépce trocaram correspondência durante alguns anos, vindo finalmente a firmarem sociedade.
A fotografia então popularizou-se como produto de consumo a partir de 1888. A empresa Kodak abriu as portas com um discurso de marketing onde todos podiam tirar suas fotos, sem necessitar de fotografos profissionais com a introdução da câmera tipo “caixão” e pelo filme em rolos substituíveis criados por George Eastman.
Desde então, o mercado fotográfico teve experimentado uma crescente evolução tecnológica, como o estabelecimento do filme colorido como padrão e o foco automático, ou exposição automática. Essas inovações indubitavelmente facilitaram a captação da imagem, melhoraram a qualidade de reprodução ou a rapidez do processamento, mas muito pouco foi alterado nos princípios básicos da fotografia.
A grande mudança recente, produzida a partir do final do século XX, foi a digitalização dos sistemas fotográficos. A fotografia digital mudou paradigmas no mundo da fotografia, minimizando custos, reduzindo etapas, acelerando processos e facilitando a produção, manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo. O aperfeiçoamento da tecnologia de reprodução de imagens digitais tem quebrado barreiras de restrição em relação a este sistema por setores que ainda prestigiam o tradicional filme, e assim, irreversivelmente ampliando o domínio da fotografia digital.
Processos fotográficos
Fotografia em preto e branco
A fotografia nasceu em preto e branco, mais precisamente como o preto sobre o branco, no início do século XIX. Desde as primeiras formas de fotografia que se popularizaram, como o daguerreótipo – aproximadamente na década de 1823
Meio tom
As fotografias em preto e branco destacam-se pela riqueza de tonalidades; a fotografia colorida não tem o mesmo alcance dinâmico.
Na fotografia P&B se costuma utilizar a luz e a sombra de forma mais proeminente para criar efeitos estéticos -¬ há quem prefira fotografar apenas em preto e branco.
Fotografia colorida
A fotografia colorida foi explorada durante o século XIX e os experimentos iniciais em cores não puderam fixar a fotografia, nem prevenir a cor de enfraquecimento. Durante a metade daquele século as emulsões disponíveis ainda não eram totalmente capazes de serem sensibilizadas pela cor verde ou pela vermelha – a total sensibilidade a cor vermelha só foi obtida com êxito total no começo do século XX. A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo físico James Clerk Maxwell. O primeiro filme colorido, o Autocromo, somente chegou ao mercado no ano de 1907 e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata.
Fotografia digital
Fotografia digital é a fotografia tirada com uma câmera digital ou determinados modelos de telefone celular, resultando em um arquivo de computador que pode ser editado, impresso, enviado por e-mail ou armazenado em websites, CD-ROMs, pen drives, etc.
Álbuns virtuais
Com a popularização da fotografia digital, surgiram páginas da Internet especializadas em armazenar fotografias. Desse modo, suas imagens podem ser vistas por qualquer pessoa do planeta que acesse a rede. Elas ficam organizadas por pastas e podem ser separadas por assuntos a livre escolha.
Os álbuns virtuais podem ser usados com vários propósitos, abaixo estão listados alguns exemplos destes:
• Portfólio: Muito usado por fotógrafos amadores/profissionais para mostrarem seus trabalhos.
• Armazenamento: Quem não deseja ocupar espaço em seu HD pode usar o álbum para armazenar suas fotografias.
• Negócios: Outros usam os álbuns para vender seus trabalhos fotográficos.
Os controles das câmeras podem incluir:
• Foco
• Abertura das lentes
• Tempo de exposição (ou velocidade de abertura do obturador)
• Distância focal das objetivas fixas: (teleobjetiva, normal ou grande-angular), ou variáveis (zoom)
• Sensibilidade do filme
• Fotômetro
Usos da fotografia
A fotografia pode ser classificada como tecnologia de confecção de imagens e atrai o interesse de cientistas e artistas desde o seu começo. Os cientistas usaram sua capacidade para fazer gravações precisas, como Eadweard Muybridge em seu estudo da locomoção humana e animal (1887). Artistas igualmente se interessaram por este aspecto, e também tentaram explorar outros caminhos além da representação fotomecânica da realidade, como o movimento pictural. As forças armadas, a polícia e forças de segurança usam a fotografia para vigilância, identificação e armazenamento de dados.
O fotojornalismo preenche uma função bem determinada e tem características próprias. O impacto é elemento fundamental. A informação é imprescindível.
É na fotografia de imprensa, um braço da fotografia documental, que se dá um grande papel da fotografia de informação, o fotojornalismo. É no fotojornalismo que a fotografia pode exibir toda a sua capacidade de transmitir informações. E essas informações podem ser passadas, com beleza, pelo simples enquadramento que o fotógrafo tem a possibilidade de fazer. Nada acontece hoje nas comunicações impressas sem o endosso da fotografia.
Existem, basicamente, quatro gêneros de fotografia jornalistica:
• As fotografias sociais: Nessa categoria estão incluídas a fotografia política, de economia e negócios e as fotografias de fatos gerais dos acontecimentos da cidade, do estado e do país, incluindo a fotografia de tragédia.
• As fotografias de esporte: Nessa categoria, a quantidade de informações é o mais importante e o que influi na sua publicação.
• As fotografias culturais: Esse tipo de fotografia, tem como função chamar a atenção para a notícia antes de ela ser lida e nisso a fotografia é única. Neste item podemos colocar um grande segundo grupo, a esportiva, pois no fotojornalismo o que mais vende após a polícia é o esporte.
• As fotografias policiais: muitos, quase todos os jornais exploram do sensacionalismo para mostrar acidentes com morte, marginais em flagrante, para vender mais jornais e fazer uma média com os assinantes. Pode-se dizer que há uma rivalidade entre os jornais para ver qual aquele que mostra a cena mais chocante num assalto, morte, acidente de grande vulto.
Fotografia como arte
A discussão sobre se a fotografia é arte ou não é longa e envolve uma diversidade de opiniões.
De acordo com Barthes, muitos não a consideram arte, por ser facilmente produzida e reproduzida, mas a sua verdadeira alma está em interpretar a realidade, não apenas copiá-la. Nela há uma série de símbolos organizados pelo artista e o receptor os interpreta e os completa com mais símbolos de seu repertório.
Fazer fotografia não é apenas apertar o disparador. Tem de haver sensibilidade, registrando um momento único, singular. O fotógrafo recria o mundo externo através da realidade estética.
Em um mundo dominado pela comunicação visual, a fotografia só vem para acrescentar, pode ser ou não arte, tudo depende do contexto, do momento, dos ícones envolvidos na imagem. Cabe ao observador interpretar a imagem, acrescentar a ela seu repertório e sentimento.
Fotógrafo
Fotógrafo é a pessoa que tira (registra) fotografia, usando uma câmera. É geralmente considerado um artista, pois faz seu produto (a foto) com a mesma dedicação e da mesma forma que qualquer outro artista visual.
Faz parte da cultura brasileira a figura do Fotógrafo Lambe-lambe, profissional que ficava nas praças tirando fotos comercialmente, quando adquirir uma máquina fotográfica era algo muito difícil devido ao seu alto valor comercial.
Amadores e profissionais
Quando um determinado autor de fotografias baseia grande parte do seu rendimento nesta atividade, diz-se ser um fotógrafo profissional.
Por vezes, o adjetivo profissional é usado erroneamente na fotografia para valorizar uma determinada imagem fotográfica ou perícia de um autor. Na realidade, a qualidade da fotografia nem sempre está relacionada com o fato do seu autor ser ou não profissional. Muitos amadores realizam com regularidade imagens mais bem sucedidas que muitos profissionais.
Na realidade “profissional” refere-se apenas à profissão do autor, e não à qualidade do trabalho. Ao mesmo tempo que um profissional pode realizar um trabalho mal feito, pode-se entender melhor, adiante no parte de “arte”.
O adjetivo amador, quando atribuído a um fotógrafo, pode ter um significado muito vasto. Pessoas que apenas fotografam a sua família e vida, para uso pessoal, consideram-se fotógrafas amadores. Outros fotógrafos amadores chegam a publicar livros, realizar exposições e dedicam uma vida inteira ao estudo da fotografia.
Fotografia e memória.
Na fotografia encontra-se a ausência, a lembrança, a separação dos que se amam, as pessoas que já faleceram, as que desapareceram.
Para algumas pessoas, fotografar é um ato prazeroso, de estar figurando ou imitando algo que existe. Já para outras, é a necessidade de prolongar o contato, a proximidade, o desejo de que o vínculo persista.
A foto faz que as pessoas lembrem do seu passado e que fiquem conscientes de quem são. O conhecimento do real e a essência de identidade individual dependem da memória. A memória vincula o passado ao presente, ela ajuda a representar o que ocorreu no tempo, porque unindo o antes com o agora temos a capacidade de ver a transformação e de alguma maneira decifrar o que virá.
A fotografia captura um instante, põe em evidência um momento, ou seja, o tempo que não pára de correr e de ter transformações. Ao olhar uma fotografia é importante valorizar o salto entre o momento em que o objeto foi clicado e o presente em que se contempla a imagem, porém a ocasião fotografada é capaz de conter o antes e depois.
Fotografa-se para recordar, porque os acontecimentos terminam e as fotografias permanecem, porém não sabemos se esses momentos foram significativos em si mesmos ou se tornaram memoráveis por terem sido fotografados.
HISTÓRIA
Tema/Título da Atividade | O Brasil do século XIX. |
1º Momento: Analisar a manchete |
2º Momento: Apresente o texto, imagens, tabelas… |
Século XIX – Pensamentos, fatos, arte e período no Brasil
O século XIX foi marcado por guerras, revoluções, inovações e pensamentos que marcam a humanidade até os dias de hoje. Relembre esses momentos!
Certamente o século XIX é um dos períodos históricos com maior número de acontecimentos bombásticos, como também, revolucionários. Em contraste com séculos anteriores, ele se destaca muito pela evolução tecnológica e pelos conflitos globais.
Primeiramente, este período acontece entre os anos 1801 e 1900. Além disso, essa fase foi marcada por incontáveis mudanças na história do mundo, incluindo revoluções, descobertas, pensamentos críticos e inovações.
Além disso, no mundo inteiro ocorreram eventos históricos determinantes, como guerras e declarações de independência. Só para ilustrar, no Brasil tivemos a Revolução de 1848 e a Proclamação da República no Brasil, em 1889.
Na mesma época, o mundo também viu alguns dos mais importantes pensadores e filósofos da história. Eles foram responsáveis por alterar padrões da época e trazer inovações ao modo de pensar.
Fatos marcantes no mundo
1801: Eleição de Thomas Jefferson, responsável pela Declaração de Independência dos Estados Unidos
1803: Início das Guerras Napoleônicas, entre França e Inglaterra
1811: Venezuela e Paraguai se tornam independentes
1825: Início da Guerra da Cisplatina, entre Brasil e Argentina, pela disputa do atual território do Uruguai.
1839: Início da Guerra do Ópio, na China
1861: Início da Guerra Civil Americana, ou Guerra da Secessão
1864: Assassinato de Abraham Lincoln, nos EUA
Pensamento no século XIX
Primeiramente, com os adventos tecnológicos da Revolução Industrial, o mundo também viu o desenvolvimento de diversas áreas do conhecimento. Vários países investiram no investimento de instituições que valorizavam a ciência e o assunto se tornou interessante para o grande público.
Além disso, as ciências exatas eram impulsionadas pelo desenvolvimento tecnológico industrial. Então, Física, Química fina e Metalurgia se destacaram entre as áreas de conhecimento. Além disso, o termo cientista foi cunhado no período e Charles Darwin desenvolveu “A origem das espécies”.
Por fim, as mudanças também foram percebidas em outras áreas de conhecimento, com o surgimento da Sociologia e da Psicologia. Na filosofia, foi o momento em que surgiram correntes como o Positivismo de Auguste Comte, o Marxismo de Karl Marx e Friedrich Engels e o Pragmatismo de Charlie Sanders Peirce, William James e Oliver Wendell.
Artes no século XIX
O século XIX também viu o surgimento de novidades no mundo das artes. Os movimentos de maior destaque são Romantismo e Realismo, na pintura e na literatura, Impressionismo, na pintura, e Parnasianismo e Simbolismo, na literatura.
O Romantismo valorizava a vida na natureza e a exaltação de sentimentos amorosos, ao mesmo tempo que criticava a modernização da indústria. Com o tempo, a corrente de contestação acabou perdendo espaço para o Parnasianismo. Por sua vez, esse movimento focava em valorizar o belo, sem se preocupar com os horrores da condição humana.
Outras correntes de destaque, como Naturalismo e Realismo, se dedicavam a valorizar as contradições das relações e reflexões humanas.
Já na transição para o século XIX, a cultura popular começou a ganhar espaço. Os irmãos Lumière, na França, foram responsáveis por uma importante transformação cultural na época. Com a criação do cinematógrafo, os irmãos deram origem à arte cinematográfica, ou sétima arte.
Século XIX no Brasil
Assim como no resto do mundo, o século XIX foi de muitos eventos relevantes para o Brasil. Nessa época, a sociedade brasileira era majoritariamente baseada em nas estruturas rurais, ainda que a maior parte da população estivesse nas zonas urbanas. Isso significa que a as atividades rurais sustentavam a economia do país e as cidades ainda eram pouco organizadas, já que a vida urbana estava no início.
Em 1808, a chegada da família real portuguesa no Rio de Janeiro marcou o início das transformações no estilo de vida do brasileiro. Anos mais tarde, o Brasil passaria pela Independência, abolição da escravatura e, enfim, Proclamação da República.
Dentre os fatos importantes da história do Brasil durante o século XIX estão: chegada dafamília real portuguesa ao Brasil (1808), Independência do Brasil (1822), Promulgação da 1ª Constituição do Brasil (1824), Dom Pedro I deixando o trono (1831), Início da Guerra dos Farrapos (1835), Dom Pedro II assumindo o trono (1847), Lei Eusébio de Queiroz proibindo o tráfico de escravos (1850), Princesa Isabel assinando a Lei Áurea e abolindo a escravidão (1888) e Proclamação da República (1889).