HISTÓRIA
ARTE
Kirigami – Arte de Cortar Papel Dobrado
Kirigami vem das palavras japonesas “kiru”, que significa “cortar” e “gami” que significa “papel”. Ou seja, trata-se da arte de cortar papel dobrado, diferente do origami, em que dobra-se o papel sem cortá-lo.
O conceito do Kirigami é baseado na simetria. Com algumas dobras e alguns cortes, uma simples folha de papel transforma-se em um projeto que pode ir de uma simples arte decorativa ou cartão pop-up, a uma complexa escultura 3D. São inúmeras possibilidades, que são utilizadas para diferentes propósitos.
Existem diferentes projetos de kirigami tais como desenhos geométricos de flores, flocos de neve, animais, pentagramas, entre outros, geralmente com designs simétricos. Um estilo muito comum entre crianças e jovens é dobrar o papel e através de um recorte, reproduzir flocos de neve ou bonecos.
História do Kirigami
Acredita-se que a arte tenha se iniciado na China, através dos monges que faziam esse tipo de dobradura como oferendas aos deuses. Até o século 17, o Kirigami foi amplamente reconhecido como uma verdadeira forma de arte oriental, porém era restrita somente às classes com maior poder aquisitivo.
Isso porque o papel era considerado artigo de luxo nessa época. Kirigami também está muito presente nas escolas japonesas. É uma forma divertida de ensinar os alunos do ensino fundamental sobre a importância de manter viva essas tradições milenares.
Kirigami no Ocidente
Influenciado pela filosofia xintoísta, os projetos de kirigami podem representar: Riqueza, Perfeição, Graça, Elegância e o relacionamento do homem com o universo. Como podemos perceber, o kirigami tem uma longa história no Japão, porém a arte não era muito difundida no ocidente até o ano 1962.
Ao mesmo tempo, a prática do kirigami ajuda essas crianças a desenvolverem vários aspectos importantes:
• Estimulação da criatividade
• Habilidades motoras finas
• Habilidades motoras visuais
• Habilidades de planejamento
Assista os vídeos tente montar o seu e mande uma foto.
HISTÓRIA
ATIVIDADES PROPOSTAS- |
1º Momento: Analisar a manchete |
2º Momento: Apresente o texto, imagens, tabelas… |
3º Momento: Podem ser as questões objetivas ou de reflexão e etc. |
Resistência escrava: as fugas de escravos em São João del Rei na última década de escravidão no Brasil. “As fugas surgem de forma sistemática e neste sentido, falar dessas fugas com-o elemento importante no processo de desintegração da ordem escravista torna-se fundamental. Embora elas não tenham sido fruto desse momento, ao contrário, estiveram sempre presentes na história da escravidão, o fugir adquire um novo significado no final do século: uma vez que a instituição estava sendo questionada, circulavam diferentes opiniões sobre a escravidão e principalmente a carência de braços escravos para o trabalho se fazia sentir cada vez mais.” SANTOS, Elizabeth Márcia dos. Resistência escrava: as fugas de escravos em São João Del Rei na última década de escravidão no Brasil. UFSJ: 2004, p.29. Disponivel em: https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/pghis/monografias/resistencia.pdf. Acesso em: 8 jan. 2019. “O que desejamos ressaltar é a freqüência com que essas cicatrizes fossem de castigos ou do duro ofício ou ainda símbolos de suas nações eram descritas nos anúncios, visando logicamente fornecer mais uma pista que ajudasse na captura do escravo. “Assim, peças e ganchos, cicatrizes e marcas de ferro, membros mutilados, não só testemunhavam os rigores da escravidão como também acabavam por ser utilizado como sinais que dificultavam a evasão do cativo, marcando em seu próprio corpo a sua condição.” SCHWARCZ, Lilia Moritz. Retrato em branco e negro: jornais, escravos e cidadãos em São Paulo no final do século XIX. São Paulo: Cia das Letras, 1987. p. 145
Analise o Cartaz

Crime bárbaro – Rincón Sapiência
Capangas armados estão a procura
Escravos apanham, meu ato de loucura
Fugido eu tô correndo pela mata
Na pele eu levo a marca da tortura
O crime deixa doido o bagulho
Carrego um pouco de medo e orgulho
Atrás da orelha deles eu sou a pulga
Se eles chegar, tô pronto pra dar a fuga
Por mim estaria tudo em paz
Minha terra, meu povo e ninguém mais
Liberdade por aqui ninguém traz
Sim senhor, não senhor não satisfaz
Arrependimento, isso eu não tenho
O meu movimento sempre mantenho
Escravos apoiam meu desempenho
Fui eu que matei o senhor do engenho
O nego fujão alguém viu
(Nossa senhora, neguinho passou a mil)
Ter canela fina é pra correr
Se me pegarem vai doer
Mesmo estando em desvantagem
A sensação é de poder
Eu sou nego fujão
Pega nego fujão
Corre nego fujão
Ei (eu vou me embora daqui)
Meu crime, eu sei, não tem as pazes
Pega nego fujão, tá nos cartazes
Pra ter rebelião, hoje eu dei base
Clima de tensão, essa é a fase
Sem líder eles não sabem agir
Escravos agora fazem canções
Pior quando eles descobrir
Que com a filha dele eu tinha relações
É o cúmulo do desacato
O sonho dela era ter filho mulato
Ela sempre me disse que seu pai é chato
Mas foi pelo meu povo que eu fiz meu ato
Boatos correm, eu também
Me sinto como um herói, isso me faz bem
Escravos me colocam como um rei
Porque o senhor de engenho fui eu que matei
O nego fujão alguém viu
(Nossa senhora, neguinho passou a mil)
Ter canela fina é pra correr
Se me pegarem vai doer
Mesmo estando em desvantagem
A sensação é de poder
Eu sou nego fujão
Pega nego fujão
Corre nego fujão
Eu vou me embora daqui
Meu crime a ele eu culpo
Bateu em criança, cometeu estupro
Proibiu a dança e a religião
Gerou confusão interna entre o grupo
Cana de açúcar e Sol quente
Rachando na cuca, ódio na mente
Lembro de seu braço preso no meu dente
Ah! Depois não foi um acidente
Preso e vivo, morto e liberto
Logo pensei: um dia te acerto
Ah, ele disse: esse nego é um cão
Corpo no chão, eu fui mais esperto
Oh, um crime sem fiança
De continuar vivo eu tô sem esperança
Enquanto isso eu sigo nas minhas andanças
Querem minha cabeça na ponta da lança
O nego fujão alguém viu
(Nossa senhora, neguinho passou a mil)
Ter canela fina é pra correr
Se me pegarem vai doer
Mesmo estando em desvantagem
A sensação é de poder
Eu sou nego fujão
Pega nego fujão
Corre nego fujão
Eu vou me embora daqui
Nossa senhora
Nossa senhora
Nossa senhora
Nossa senhora, neguinho passou a mil
Fonte: Musixmatch
Compositores: Tom Ze / Rincon Sapiencia / Valdez
- O que é resistência para você?
- Quais as formas de resistência dos escravizados que você conhece?
- O que mostra o cartaz visto?
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- Você enxerga elementos de racismo no conteúdo do cartaz? Quais?
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