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ROTEIRO DE ATIVIDADES DE HISTÓRIA E ARTE 6º E 7 º ANO

HISTÓRIA

Preconceito racial: A vida tem a cor que você pinta.
1-Durante essa semana vamos trabalhar um tema muito comentado, o Racismo. Leiam a
história abaixo (é um pouquinho longa, mas vale a pena) e a seguir respondam as perguntas:
Uma história chamada: Romeu e Julieta (de autoria de Ruth Rocha).
Há muito tempo, não muito longe daqui, havia um reino muito engraçado. Todas as coisas eram separadas pela cor. Branco, amarelo, azul, vermelho, preto. O que era branco morava junto com o que era branco. Todas as flores brancas no mesmo canteiro. As borboletas brancas só visitavam o canteiro branco. Todas as flores azuis num canteiro separado. E as borboletas azuis só visitavam este canteiro. Não havia misturas… Num canteiro amarelo, morava uma linda família de borboletas amarelas. Tinham uma filhinha chamada Julieta. Ela era muito engraçadinha. Já sabia voar. De manhã, voava com sua mãe de flor em flor. Mas quando Julieta queria voar para o canteiro azul, sua mãe dizia: – Não, Julieta, cada borboleta tem seu canteiro! Julieta ficava triste. Fechava as asas, abaixava as antenas e chorava uma lágrima amarela de borboleta… No canteiro de miosótis, morava uma família de borboletas azuis. Tinham um filhinho chamado Romeu. Romeu era muito engraçado. Sabia voar para frente e para trás. Dava cambalhotas no ar. Voava com uma asa só. Borboleteava por todo canto. O pai sempre falava: – Romeu, Romeu, nada de passeios nos canteiros de outra cor, é perigoso! – Ah, papai, as rosas são tão cheirosas… – Cheiro não é tudo na vida, meu filho.
Lugar de borboleta azul é no canteiro azul. Sempre foi assim… Romeu fechava as asas,
abaixava as antenas, perdia a graça e pensava: – Por quê? Mas Romeu era muito curioso.
Queria conhecer todas as cores. Todas as flores. Todos os canteiros. Um dia, na primavera, seu amiguinho Ventinho falou: – Vamos dar uma voltinha? – Onde? – No canteiro das margaridas.
Está lindo… – Papai não deixa, margarida é amarela, eu sou azul. Depois, as borboletas
amarelas podem não gostar… – Que bobagem! Eu tenho uma amiguinha chamada Julieta, que é muito boazinha e ela é amarela… Duvido que ela não goste de você. Vamos? _ Tá bom, mas não conte nada pra ninguém. E eles saíram voando de flor em flor. Quando chegaram ao canteiro amarelo, Romeu se escondeu no talo de uma margarida, que gostou logo dele. E Ventinho trouxe Julieta para conhecer Romeu. Os dois ficaram logo amigos: – Que asas lindas!
-Que nada! As suas são mais bonitinhas… – Como você voa engraçadinho… E Romeu fez tudo que sabia para Julieta ver. E os dois deram uma cambalhota juntos. Julieta errou, porque nunca tinha dado cambalhotas. Romeu deu uma risadinha azul e Julieta, uma risadinha amarela… Os três, voando e borboleteando de flor em flor, entraram, sem perceber, na floresta. E viram coisas que nunca tinham visto. Plantas estranhas, bichos de todos os tamanhos e um riacho que cantava: Chuá, chuá… Eles olharam dentro do riacho e gritaram:
Olhe as borboletas… – Dentro d’água, molhadas… Ventinho riu muito: – São vocês mesmos. A água é como um espelho! E os dois fizeram uma porção de brincadeiras defronte da água – caretas, pulos. E deram muita risada. E Ventinho fazia ondas na água e atrapalhava. Numa clareira da floresta, uma família fazia piquenique. As crianças cantavam: “Apareceu à margarida, olé, olé olá… Apareceu à margarida, olé, seus cavaleiros…” Eles gostaram muito e resolveram brincar também. Entraram na roda. O vento mexia no cabelo dos meninos. E as borboletas dançavam. Mas um menino parou e gritou: Vamos caçar borboletas para a minha
coleção? Romeu se assustou, Julieta ficou ainda mais amarela. Ventinho soprou uma poeira para atrapalhar os meninos e berrou: – Fuja Romeu! Fuja Julieta! Depressa! E os dois voaram… e sumiram dentro da floresta.

No canteiro amarelo, a mãe da Julieta chorava: – Onde está a minha borboletinha? E nenhuma margarida dizia nada. No canteiro azul, a mãe de Romeu gritava: – Romeu, filho meu, onde você se me teu? E os papais borboleteavam para todo s os lados e não achavam nada. Mas também, dos seus canteiros, não arredavam as asas. Mas lá no fundo da floresta, Romeu e Julieta já estavam cansados, coitados: E Ventinho levantava as folhas, procurando o caminho.
Estava escuro e não se enxergava nada… Julieta tremia de frio, a floresta estava diferente… Os passarinhos piavam. Os olhos dos bichos brilhavam no escuro. E dona coruja falou, com uma voz grossa: – Fiquem aqui junto de mim! Hum, hum, hum! Fiquem aqui até o dia clarear! E eles ficaram. Mas olhavam para todos os lados: – Será que ninguém vem nos buscar? Mas você não sabe o que aconteceu lá nos canteiros… Dona Margarida falou com a borboleta amarela.
Contou que Julieta tinha saído com Romeu e Ventinho. E a borboleta amarela criou coragem e foi falar com a borboleta azul. As duas se juntaram, chamaram os maridos e foram falar com o senhor Vento e dona Ventania. E todos saíram de canteiro em canteiro procurando: – ROMEU!
JULIETA! VENTINHO! Do canteiro verde, vieram os vaga-lumes com suas luzinhas. A noite toda, todos juntos procuraram. E quando amanheceu o dia, o céu estava todo cheio de cores.
Romeu e Julieta, encolhidinhos no seu galho, viram chegar uma revoada de pontinhos
coloridos. Que beleza… Julieta arregalou os olhos. E Ventinho fez: – Fiuuuuuuuuuu! Romeu bateu palmas. E cada mamãe pegou o seu filhinho. E as outras borboletas, contentes, borboleteavam. Batiam as asas. Falavam – até que enfim… Achamos… – Achamos… Que bom!
E quando chegou de novo a primavera tudo estava diferente naquele reino. Os canteiros tinham todas as cores misturadas. Margaridas nasciam ao lado dos cravos. Dálias amarelas ao lado dos miosótis. E as rosas brancas, vermelhas, amarelas cresciam juntas, misturadas. E juntas brincavam as borboletas. Todas as borboletinhas brincavam de roda. E cantavam: “Se todas as borboletas do mundo pudessem se dar as mãos fariam uma grande roda, uma grande roda em volta do mundo”.


1-O que vocês acharam da história?


2- O que Romeu fez?


3- Por que vocês acham que Romeu descumpriu a regra de que cada borboleta deveria ficar no
seu canteiro? Vocês concordam com essa regra?


4- Para vocês, as borboletas deveriam continuar vivendo separadas por cor?


5- O que aconteceu quando Romeu descumpriu a regra?


6- Vocês já viram pessoas separadas por cor? Onde?


7- É possível que as pessoas vivam separadas pela cor?


8-Que outras características além da cor podem separar as pessoas? Por que isto acontece?


ARTE

Vídeo: Olhos Coloridos

Autor: Macau

Os meus olhos coloridos                            

Me fazem refletir

Eu estou sempre na minha

E não posso mais fugir…

Meu cabelo enrolado

Todos querem imitar

Eles estão baratinado

Também querem enrolar…

Você ri da minha roupa

Você ri do meu cabelo

Você ri da minha pele

Você ri do meu sorriso…

A verdade é que você

(Todo brasileiro tem!)

Tem sangue crioulo

Tem cabelo duro

Sarará, sarará

Sarará, sarará

Sarará crioulo…

Sarará crioulo

Sarará crioulo…

Os meus olhos coloridos

Me fazem refletir

Que eu tô sempre na minha

Não! Não!

Não posso mais fugir

Não posso mais!

Não posso mais!

Não posso mais!

Não posso mais!

Meu cabelo enrolado

Todos querem imitar

Eles estão baratinados

Também querem enrolar…

Cê ri! Cê ri! Cê ri!

Cê ri! Cê ri!

Cê ri da minha roupa

Cê ri do meu cabelo

Cê ri da minha pele

Cê ri do meu sorriso…

Mas verdade é que você

(Todo brasileiro tem!)

Tem sangue crioulo

Tem cabelo duro

Sarará, sarará

Sarará, sarará

Sarará crioulo…

Sarará crioulo

CÓPIAR   E RESPONDER AS QUESTÕES NO CADERNO OU CADERNO DE DESENHO

  1. MOMENTO: RODA DA CONVERSA

 Interpretação da letra:

  • Nos trechos: “A verdade é que você / (Todo brasileiro tem!) / Tem sangue crioulo / Tem cabelo duro / Sarará, sarará / Sarará, sarará / Sarará crioulo…”; que crítica a autora faz?
  •  Por que esta música é considerada um hino do povo brasileiro?
  • O que você entende por “Os meus olhos coloridos / Me fazem refletir”? Explique.
  • Qual reflexão ou pensamento essa música nos sugere?
  • O que o autor da música quer dizer sobre os versos da 3ª estrofe?
  • Que reflexão histórica podemos tirar desta música?
  1. MOMENTO:  NASCIMENTDO DA MÚSICA

Uma das canções mais conhecidas da música brasileira, “Olhos coloridos”, que ficou célebre na voz de Sandra de Sá no começo dos anos 1980, é fruto de uma experiência pela qual muitos negros brasileiros ainda sofrem: o racismo. Macau, autor da música, a compôs na década de 1970, após ser preso injustamente pela Polícia Militar do Rio de Janeiro em uma exposição de escolas públicas no Estádio de Remo da Lagoa. A canção é considerada um símbolo do orgulho negro no Brasil.

Macau era então morador da Cruzada São Sebastião, no Leblon, na Zona Sul do Rio, onde muitos moradores tinham origem na Favela da Praia do Pinto, na mesma região, que foi destruída por um incêndio em 1969. Como o álbum que havia gravado com os amigos não foi bem nas vendas e não foi bem divulgado, Macau entrou em depressão. Na tentativa de animá-lo, um amigo o levou para ver uma exposição escolar no Estádio de Remo da Lagoa.

Com roupas simples e cabelo black, foi interpelado por um policial militar e convidado a passar por uma averiguação. Dentro de uma sala, foi ofendido por um sargento. “Ele me levou para um escritório. E tinha um sargento, baixinho, que quando eu cheguei ele ficou rindo e disse: ‘eu estou vendo você lá de baixo, você não é fácil, hein? Você ri demais, fala demais’”, conta Macau.

As ofensas continuaram e se estenderam ao cabelo, a roupa que ele vestia e ao local onde ele morava, quando Macau alegou, em sua defesa, que era morador da região.

“Ele disse: ‘Você mora naquela lama ali, cheia de bandido’. Eu disse que bandido não, ali não tem bandido. Eles são moradores da Cruzada São Sebastião. E ele: ‘É isso mesmo. Tudo pobre, tudo favelado, essa coisa toda, tudo negro’. Eu disse que ele estava com preconceito, com discriminação. E falei ‘O sangue que corre na sua veia, corre na minha veia também. É vermelho. Você está com preconceito’,” relata o compositor.

Nascimento da canção

Diante do mar do Leblon, Macau chorou e, colocando as ideias em ordem, compôs a letra que se tornou um desabafo. “Eu comecei a olhar o mar e veio, de uma forma única, o texto dos ‘Olhos coloridos’. Eu comecei a chorar, veio na minha mente todo esse texto. Eu corri para casa, peguei o violão e comecei a tocar a canção”, conta o cantor.

Macau ao lado de Sandra de Sá, a intérprete que ajudou a fazer de Olhos coloridos um sucesso (Foto: Macau/ Arquivo pessoal)A música foi gravada por Macau em uma fita em 74, mas ficou desconhecida até chegar às mãos de Sandra de Sá, por meio de um produtor. Em 1982, ela gravou “Olhos Coloridos”, que estourou nas rádios.

“Não é à toa que ela é chamada de rainha da soul música brasileira. Ela tem raça. Toda vez que eu a escuto cantando a minha música, eu também fico emocionado. É sempre novo, é sempre uma luz”, elogia Macau, que acredita que a música não teria o mesmo peso se fosse gravada por ele.

  • MOMENTO: HÍSTÓRIA EM QUADRINHO
  • Leitura da canção: “ Olhos coloridos”
  • Escolher na canção, trechos que lhe chame mais atenção!
  • Em seguida transformar em uma HQ com oito quadrinhos.
  • Registrar no caderno de desenho.
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